BEIJA-FLORES e suas FLORES Hummingbirds and their flowers
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Fotos e textos - José Francisco Haydu & Verônica Bender Haydu
O Cerrado
"A extensa região central do Brasil
compõe-se de um mosaico de tipos de vegetação, solo, clima e topografia bastante heterogêneos. O Cerrado é a segunda maior formação vegetal brasileira, superado apenas pela Floresta Amazônica. São 2 milhões de km2 espalhados por 10 estados, ou 23,1% do território brasileiro. O Cerrado é uma savana tropical na qual a vegetação herbácea coexiste com mais de 420 espécies de árvores e arbustos esparsos."
(WWF - Brasil)
Nem tudo era capim, pedras ou cupins!
Pterandra pyroidea (Malpighiaceae)
produz delicados cachos de flores que parecem ter sido colocadas em ramos aparentemente secos. As folhas brotam depois e enquanto isto não acontece, ficam mais visíveis para visitantes sedentos, como esta fêmea de Heliomaster squamosus.
A Spigelia pulchella (Loganiaceae) acima é uma pequena planta comum nos sopés de morros da Chapada Diamantina. À direita, Jacaranda rufa (Bignoniaceae) predomina em alguns campos da Serra da Canastra. O beija-flor Chrysuronia versicolor versicolor também está presente nestas paragens.
Na Chapada Diamantina, o ramo florido da
Galeandra montana (Orchidaceae) serve de pouso ao raro beija-flor Colibri delphinae delphinae, endêmico dessas paragens.
Em algum lugar na Serra da Canastra, na altura dos nossos joelhos estende-se um "tapete"púrpura. São as flores de
Calolisianthus speciosus (Gentianaceae), inspecionadas pelo Colibri serrirostris, de presença constante naqueles campos.
A belíssima flor da Ruellia geminiflora (Acanthaceae) quase esconde a cabeça da pequena fêmea de Calliphlox Amethystina.
Em contraste com uma vegetação quase seca, as flores da Aechmea aquilega (Bromeliacea) não parecem pertencer ao lugar. Logo conseguem a companhia constante do pequeno Phaethornis ruber.
À esquerda, a graciosa Siphocampylus imbricatus (Campanulaceae) e a tóxica e letal Palicourea marcgravii (Rubiaceae) acima, são comuns nos Cerrados e ambas são visitadas pelo beija-flor Phaethornis pretrei. A toxicidade da Palicourea ou Erva-de-rato como também é conhecida, não representa perigo aos beija-flores,
pois estes apenas procuram o néctar.
Ananas nanus (Bromeliaceae), ou Mini-abacaxí, ou ainda Gravatá possui flores ricas em néctar com alto teor de açúcar. Esta fêmea de Anthracotorax nigricolis sabe muito bem disso.
Os belos cachos de Tabebuia ochracea (Bignoniaceae, também conhecido por Ipê-amarelo-do-cerrado ainda não abriram suas flores. O beija-flor-dourado (Hylocharis chrysura) parece aguardar o momento.
A Vellozia flavicans (Velloziaceae) ou Canela-de-ema enfeita as encostas pedregosas e resiste até aos incêndios florestais. O visitante é um Anthracotorax nigricolis.
Os delicados ramos do arbusto da Lippia lupulina (Verbenaceae) emergem do capim e as flores recebem a visita de Colibri serrirostris.
As curiosas flores de Heliotropium indicum (Boraginaceae) e um exemplar macho de Chlorostilbon lucidus.
Psittacanthus cinctus (Loranthaceae) ainda não abriu as flores. Os botões servem para o pouso de Chionomesa lactea.
Acima, Gaylussacia brasiliensis (Ericaceae) também tem o nome popular de "Peixinho" parece ter flores especiais para beija-flores. A pequena abertura impede que abelhas acessem o néctar. Aparentemente só os bicos destas aves ou a prosbóscide de uma mariposa passam pela abertura. Phaethornis pretrei posiciona seu longo bico pelo estreito acesso.
À esquerda, uma fêmea de Calliphlox amethystina visita flores de Chamaecrista cathartica (Fabaceae).
Byrsonima basiloba (Malpighiaceae), arbusto comum e produz muitos cachos de flores iguais à esse. Beija flores como esta dupla de Florisuga fusca aproveitam as floradas que duram semanas.
Lavoisiera imbricata (Melastomataceae) visitada por um Chlorostilbon lucidus (macho). Esta planta de aproximadamente 1m de altura nasce em meio ao capinzal e suas flores são muito disputadas por insetos.
Pavonia macrostyla (Malvaceae) visitada por um Phaethornis ruber. Estas flores imediatamente nos lembram os Hibiscus, muito comuns nos nossos jardins, por pertencerem à mesma familia botânica. Crescem próximas a paredões e fendas rochosas.